Primeira Impressora 3D – Como Escolher?

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Fala Maker! Hoje você decidiu que vai iniciar na área de impressão 3D e não sabe por onde começar? Quer aprender a modelar, criar projetos incríveis e dominar uma tecnologia que veio para ficar? Então vem comigo que vou te explicar os principais
tópicos que devem ser analisados para escolher sua primeira impressora 3D. Que a força esteja com você!

Sem mais delongas, a primeira coisa que precisamos entender é que não existe a resposta correta para a pergunta “qual impressora devo comprar?” isso vai depender  do objetivo e aplicação de cada caso. A principal questão a ser definida é: o que você  pretende com a impressora 3D? Vai utilizá-la para projetos pessoais? Desenvolvimento de protótipos? Estudos? Profissionalmente? Hobby? Enfim, motivos são o que não faltam para ter uma.

Princípio de Funcionamento

As impressoras 3D são máquinas que transformam objetos virtuais em físicos. São constituídas por três eixos (x, y e z) que se movimentam por meio de motores controlados através de um software. O programa envia coordenadas para os pontos onde cada eixo deve estar para modelar o objeto com base em diferentes técnicas que veremos na sequência.

Tipos de impressora 3D

Fonte: Unsplash/Minkus/Reprodução
Fonte:https://unsplash.com/photos/aCniNTiI8

Existem diversos modelos e marcas de impressoras 3D no mercado que utilizam diferentes técnicas para modelagem e impressão de peças e objetos, utilizando desde materiais mais comuns como plástico, até materiais mais complexos como resinas, metais, etc.

Detalharemos os principais métodos utilizados:

Extrusora

Fonte: Shutterstock/Alexander Tostykh/Reprodução
Fonte: Shutterstock/Alexander Tostykh

A impressora de extrusão é o modelo mais comum e acessível do mercado. Funciona através do aquecimento e derretimento de um material plástico denominado de filamento que pode ser composto de vários tipos PLA, ABS, etc..(abordaremos as propriedades físicas em posts futuros), o plástico derretido é liberado por um extrusor em camadas sequenciadas através da orientação de um software ou arquivo de impressão que envia as coordenadas para modelar e dar o formato do objeto.

Laser

Fonte: Shutterstock/Sspopov/Reprodução
Fonte: Shutterstock/Sspopov

As impressoras a laser utilizam a técnica da estereolitografia, apesar do nome um pouco complexo o princípio é muito simples, a impressora aplica o laser nos locais definidos pelo arquivo de impressão com o objetivo de fornecer calor a uma resina líquida e enrijecer o material camada por camada moldando a peça desejada.

DLP

É uma técnica que consiste na aplicação de uma luz sobre uma resina líquida, ou seja, é bem parecido com as impressoras a laser, porém, não utiliza o laser como fonte de calor, mas sim a luz. Além disso, o processo não é feito camada por camada, a luz molda o objeto de uma vez.

Síntese a Laser

Esse tipo de impressora utiliza um pó que é moldado em uma câmara vedada através de um componente denominado de cabeça de impressão que se move na câmara formando as camadas.

SLS

As impressoras SLS funcionam através de um laser, porém, um laser muito mais potente que é capaz de modelar materiais como nylon, cerâmica, vidros e alguns tipos de metais.

Jato de Tinta

Por fim, as impressoras jato de tinta utilizam a própria tinta para fazer as impressões e podem ser de dois tipos: no primeiro caso utiliza um material aglutinante que é distribuído pelo jato sobre um pó de resina plástica que vai endurecendo e dando formato ao objeto através de camadas. No segundo caso a única diferença é que não se usa o material aglutinante no jato de tinta.

Agora que conhecemos as principais técnicas de impressão podemos seguir para outros pontos a serem analisados:

Nacional ou Importada?

Fonte: Unsplash/Kadir Celep/Reprodução
Fonte: https://unsplash.com/photos/NwOeoxUY_p0

Ao levar em consideração essas duas possibilidades, no quesito qualidade não há diferença. O que eu quero dizer é que existem impressoras nacionais que equivalem a modelos importados, nesse caso, é preciso ficar atento aos valores. Ao optar por um modelo importado você irá arcar com impostos e tarifas que influenciam significativamente no preço final, além disso, o acesso para a compra de peças de reposição, recursos de assistência técnica e contato com o vendedor são mais complicados.

Área de impressão

Fonte: Unsplash/Kadir Celep/Reprodução
Fonte: https://unsplash.com/photos/HsefvbLbNWc

Outro quesito importante é o tamanho da área de impressão. Fique atento a este ponto que deve ser adequado as peças que você deseja imprimir. Peças grandes por exemplo, precisam de um espaço maior e imprimi-las separadamente pode ser uma dor de cabeça, além disso, o acabamento não fica tão bom. Por isso, defina qual será a forma de trabalho e escolha um modelo com uma área de impressão adequado.

Impressora pronta, kit de montagem ou construir do zero?

Para aqueles makers que já querem tirar a impressora da caixa e sair imprimindo a melhor opção é comprar o equipamento pronto, é uma escolha acertada para quem quer praticidade e ainda vai evitar problemas que podem ser um pouco complexos para quem não possui nenhum conhecimento prévio na área.

Já  no caso dos kits de montagem as peças vem todas prontas para serem montadas, ajustadas e testadas. É uma opção que vai dar algumas dores de cabeça, por isso, é recomendado para hobbystas e makers.

A escolha de construir a própria impressora 3D é para aqueles que gostam de desafios e criar seus próprios equipamentos e máquinas. Apesar das dificuldades e problemas que irão aparecer durante o projeto, não há recompensa maior do que projetar, planejar e construir com as próprias mãos. É necessário ter um conhecimento mínimo na área e muita vontade em aprender.

1,75mm ou 3.0mm?

Essa medida é referente ao diâmetro do filamento que será impresso, na prática não faz diferença, porém, o diâmetro de 1,75 mm é o mais utilizado e mais fácil de ser encontrado. Além disso, possui maior variedade e acessibilidade na hora da compra, portanto é recomendável que você escolha esse diâmetro.

Mesa Aquecida

Fonte: Shutterstock/Alex Traksel/Reprodução
Fonte: Shutterstock/Alex Traksel

A mesa é a base onde os objetos serão impressos e ela pode ser aquecida ou não. Isso implica na fixação do objeto enquanto ele é impresso, tudo vai depender de qual material será utilizado nas impressões, alguns materiais podem ser imprimidos tranquilamente sem esse recurso, como é o caso do PLA, porém em outros casos o material precisa da mesa aquecida e não será possível imprimir sem ela, além da limitação que isso pode te trazer, por isso, pensando na questão da praticidade e para evitar problemas é melhor que você escolha um modelo que possui a mesa aquecida.

Velocidade de Impressão

É importante que você faça uma comparação da velocidade de impressão de cada modelo, afinal de contas, imprimir peças de alta qualidade em menor tempo faz total diferença dependendo da sua aplicação.

Nivelamento de Mesa

Fonte: Shutterstock/Kyrylo Glivin/Reprodução
Fonte: Shutterstock/Kyrylo Glivin

O processo de nivelamento é feito na mesa onde será fabricado o objeto, essa base precisa estar totalmente alinhada em todos os pontos para imprimir com perfeição. O procedimento pode ser executado de forma manual ou automático, a primeira opção pode dar um pouco de trabalho no início, mas trará resultados satisfatórios de impressão, porém, o segundo método garante maior perfeição das peças, além da praticidade. O nivelamento é de fundamental importância para a qualidade de impressão, portanto, caso puder escolha uma impressora que possua esse recurso, que vai facilitar e muito a impressão.

Com todas essas dicas tenho certeza que ficou muito mais fácil escolher a sua impressora 3D! Fique de olho no nosso blog, pois em breve nos encontraremos novamente com temas mais aprofundados e interessantes sobre a área, até a próxima!

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